
A endometriose é uma condição ginecológica inflamatória crônica que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ela se caracteriza pela presença de um tecido semelhante ao endométrio fora do útero, causando dor pélvica, cólicas intensas, infertilidade e outros sintomas debilitantes.
Embora o tratamento convencional inclui medicamentos hormonais e, em alguns casos, a cirurgia, a alimentação tem se mostrado uma aliada poderosa no alívio dos sintomas da endometriose.
Por que a nutrição importa para quem tem endometriose?
Estudos recentes apontam que a alimentação pode modular a inflamação, o estresse oxidativo e a produção de estrogênio — fatores que influenciam diretamente o desenvolvimento e agravamento da endometriose.
Segundo pesquisa publicada no Journal of Endometriosis and Pelvic Pain Disorders, uma dieta anti-inflamatória pode ajudar a reduzir a dor pélvica e melhorar a qualidade de vida das mulheres com a condição.
Neste artigo, você conhecerá os alimentos que ajudam a controlar a endometriose e aqueles que devem ser evitados.
Siga a leitura para entender mais.
Bem, listamos abaixo alguns dos principais alimentos que ajudam no controle da endometriose.
Ricos em fibras, antioxidantes e fitonutrientes, os vegetais e as frutas auxiliam no combate à inflamação e na regulação dos níveis hormonais. Alguns alimentos como couve, brócolis, espinafre, cenoura, maçã, uva e frutas vermelhas são especialmente benéficos.
O ômega-3 tem ação anti-inflamatória comprovada. Peixes como o salmão, a sardinha e o atum, além de sementes de chia, linhaça e nozes, podem reduzir as dores relacionadas à endometriose.
Arroz integral, quinoa, aveia e outros grãos integrais ajudam na regulação do intestino e na eliminação de excesso de estrogênio devido ao seu alto teor de fibras.
Feijão, lentilha e grão-de-bico são fontes de proteína vegetal e fibras, que também contribuem para o equilíbrio hormonal e redução da inflamação.
Chás de cúrcuma, gengibre e camomila possuem propriedades calmantes e anti-inflamatórias naturais, sendo úteis para aliviar as cólicas e desconfortos.
Agora é a vez de saber o que deve ser evitado na alimentação!
O consumo elevado de açúcar contribui para aumento da inflamação sistêmica e desregulação hormonal. Portanto, bolos, refrigerantes e produtos ultraprocessados devem ser evitados.
Alguns estudos indicam que a retirada do glúten da dieta pode reduzir os sintomas em mulheres com endometriose, principalmente as que apresentam sensibilidade intestinal ou síndrome do intestino irritável associada.
Apesar de controverso, há relatos de que laticínios ricos em gordura e lactose podem agravar os sintomas em algumas mulheres. A substituição por versões vegetais (como leite de amêndoas ou de aveia) pode ser benéfica, principalmente para quem tem intolerância.
Estudos associam o consumo excessivo de carnes vermelhas processadas ao aumento do risco de endometriose, devido ao teor de gordura saturada e compostos que favorecem o processo inflamatório.
O consumo de cafeína em excesso e bebidas alcoólicas pode estimular a produção de estrogênio e aumentar o estresse oxidativo, contribuindo para o agravamento dos sintomas.
Chegando ao final, pudemos entender que a alimentação pode ser uma ferramenta poderosa no manejo da endometriose, ajudando a controlar a inflamação, aliviar os sintomas e melhorar o bem-estar geral.
Embora cada organismo reaja de forma diferente, adotar uma dieta rica em alimentos anti-inflamatórios e baixa em alimentos processados e hormônios artificiais já é um grande passo.
Lembre-se também que a orientação de um profissional de saúde, como uma nutricionista, é essencial para ajustar o plano alimentar às necessidades individuais de cada mulher.
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