Fadiga crônica e alimentação: descubra como a dieta pode recuperar sua energia

Fadiga crônica e alimentação: descubra como a dieta pode recuperar sua energia

Sentir-se cansada o tempo todo, mesmo após uma boa noite de sono, não é algo normal — e pode ser um sinal da chamada Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), uma condição complexa e debilitante que afeta milhões de pessoas no mundo todo.

Nas mulheres, esse quadro é ainda mais prevalente, com causas multifatoriais que envolvem aspectos hormonais, psicológicos e, sobretudo, nutricionais.

A alimentação, nesse contexto, pode ser tanto um gatilho quanto uma aliada na gestão dos sintomas. A ciência tem demonstrado que certos padrões alimentares podem agravar a fadiga, enquanto outros ajudam a restaurar a energia, melhorar a função imunológica e reduzir os processos inflamatórios.

Desse modo, neste texto, vamos explorar profundamente a relação entre a fadiga crônica e a alimentação, com foco na saúde feminina, e como adotar uma dieta equilibrada pode fazer diferença no dia a dia.

Continue a leitura e saiba mais.

Entendendo a fadiga crônica

A síndrome da fadiga crônica, também conhecida como encefalomielite miálgica, é caracterizada por um cansaço intenso e persistente que não melhora com repouso e piora com o esforço físico ou mental. Outros sintomas incluem:

·         dores musculares e nas articulações;

·         dificuldade de concentração e lapsos de memória (“névoa cerebral”);

·         sono não reparador;

·         alterações de humor e depressão.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, cerca de 90% das pessoas com a síndrome não são diagnosticadas. As mulheres são de duas a quatro vezes mais propensas a desenvolver a condição do que homens, especialmente entre os 40 e 60 anos.

Alimentação e fadiga: como estão conectadas?

A alimentação impacta diretamente o metabolismo celular, o equilíbrio hormonal, o estado inflamatório e a microbiota intestinal — todos elementos fortemente ligados à sensação de energia ou exaustão.

Veja agora alguns fatores que relacionam a fadiga à alimentação.

Inflamação crônica de baixo grau
Estudos apontam que pessoas com fadiga crônica apresentam alguns índices inflamatórios elevados. Por isso, dietas ricas em açúcar refinado, gorduras trans e ultraprocessados podem agravar esse quadro inflamatório.

Microbiota intestinal e fadiga
O intestino é o “segundo cérebro” e abriga trilhões de bactérias essenciais para a saúde. As alterações na microbiota (disbiose) estão associadas à fadiga, depressão e doenças autoimunes.

Um estudo de 2017, publicado na Microbiome, mostrou que indivíduos com fadiga crônica possuem um perfil de microbiota intestinal significativamente diferente do perfil de pessoas saudáveis.

Deficiências nutricionais
Baixos níveis de ferro, vitamina B12, magnésio, vitamina D e ômega-3 são frequentemente identificados em mulheres com fadiga persistente.

A deficiência de ferro, em especial, é muito comum entre mulheres em idade fértil, devido à menstruação, podendo causar anemia e queda na oxigenação dos tecidos — fator que leva à exaustão crônica.

Estratégias alimentares para combater a fadiga

Ao contrário de soluções milagrosas, a recuperação da energia passa por uma abordagem alimentar consistente, anti-inflamatória e rica em nutrientes.

Dessa maneira, uma dieta baseada em alimentos integrais, vegetais frescos, grãos, oleaginosas, proteínas magras e gorduras boas tem se mostrado eficaz na melhora dos sintomas da Síndrome da Fadiga Crônica.

Frutas vermelhas, cúrcuma, azeite de oliva e sementes: ajudam a modular os processos inflamatórios.

Verduras escuras, leguminosas e carne vermelha magra: ótimas opções que são fontes de ferro e vitamina B12.

Peixes (salmão e sardinha): oferecem ômega-3 com ação anti-inflamatória comprovada.

Probióticos naturais (como kefir e iogurte) e fibras (aveia, linhaça): auxiliam na restauração da microbiota intestinal.

Além disso, manter níveis adequados de hidratação e fracionar as refeições ao longo do dia podem evitar picos de glicose e garantir mais estabilidade de energia.

Cafeína e açúcar: aliados ou vilões?

Embora o café e os doces possam oferecer um alívio momentâneo da fadiga, o seu uso frequente pode causar um efeito rebote. Ou seja, o consumo exagerado de cafeína interfere na qualidade do sono, e o excesso de açúcar pode gerar inflamação e oscilações na glicemia.

A importância da individualização com orientação profissional

Cada mulher é única, e as causas da fadiga também são multifatoriais. Por isso, é essencial buscar uma orientação profissional antes de iniciar qualquer suplementação ou restrição alimentar.

Portanto, investigar possíveis deficiências com exames laboratoriais, revisar o histórico alimentar e considerar fatores emocionais, hormonais e metabólicos são passos fundamentais no processo de diagnóstico e cuidado.

Dessa maneira, se você se sente constantemente cansada, mesmo após descansar, e percebe que isso está afetando a sua rotina, considere olhar para a sua alimentação com mais atenção — e busque o acompanhamento de uma profissional especializada.

Se você deseja reequilibrar sua alimentação e entender como os nutrientes podem atuar diretamente na sua saúde e energia, agende uma consulta com a nutricionista Kerolin Rosa, profissional especializada na Saúde da Mulher.

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